quinta-feira, 27 de abril de 2017

não é sobre "13 reasons why" e a "Baleia Azul"

"...eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância”. João 10.10

"(Acorde-me.) Acorde-me por dentro
(Eu não consigo acordar.) Acorde-me por dentro.
(Salve-me.) Chame meu nome e salve-me da escuridão.
(Acorde-me.) Obrigue meu sangue a fluir.
(Eu não consigo acordar.) Antes que eu me desfaça.
(Salve-me.) Salve-me do nada que eu me tornei." Bring Me to Life (Traga-me para a vida)-Evanescence

Foi escutando músicas como essa que um jovem de 17 anos se enforcou em seu quarto. Seu nome era Leonardo Bruno, um amigo meu. Nunca tinha passado por minha cabeça que ele faria isso. Nós eramos um grupo unido de cinco amigos que andávamos juntos, conversávamos bastante dentro e fora da escola... perdíamos a noção do tempo antes de ir pra casa. Éramos todos diferentes mas tínhamos coisas em comum e o gosto pelo rock era um deles. O Léo tinha problemas na família: pais separados, mania de grandeza/riqueza, mas não era rico. Ele comentava sobre essas coisas, mas era pouco. No ano seguinte do que estudamos juntos fomos para escolas diferentes mas a amizade continuava mesmo um pouco mais distante. Quando um certo dia recebo uma ligação de um dos amigos do grupo sobre o que acabara de acontecer com ele. Nossa união dessa vez era por um motivo ruim, dar o último adeus a nosso amigo que certamente está em nossas lembranças. Foi difícil passar todos os dias no ônibus e dar aquela olhada para aquela rua de sua casa. O que eu poderia fazer? Eu era tão imaturo quanto ele. Tão inexperiente quanto ele. Mas uma coisa eu sei, eu me importava com ele, o aceitava, assim como os outros do grupo faziam também. O que será que ele precisava? Respostas sem explicação, que só podemos imaginar. Enfim...

Muitas pessoas ainda tratam o assunto do suicídio como algo que deva ser colocado de lado, quando não de uma forma banal, piadista, leviano. Infelizmente não queremos tocar na ferida. Mas enquanto fechamos os olhos milhares de jovens têm pensamentos suicidas, outros se matam, outros influenciam. Por que não falar sobre o assunto? Se é algo que está se tornando comum, corriqueiro. Tem pessoas do nosso lado precisando de ajuda, de uma palavra amiga, de um ombro, de um ouvido, de um abraço. 
As estatísticas não deixam mentir, segundo a OMS:

  • O suicídio é responsável por uma morte a cada 40 segundos no mundo.
  • A segunda principal causa de morte entre jovens com idade entre 15 e 29 anos.

São informações não  muito boas não é?

Recentemente uma série da Netflix abordou o assunto do suicídio e gerou uma comoção geral entre adolescentes, jovens, pais, especialistas e etc.
"13 reasons why" trata de um drama vivido pela adolescente Hannah Baker que tira sua vida após várias pessoas de alguma forma a levaram a tal ato. Ela grava fitas cassetes e cada um dos seus algozes tem que ouvir o que fizeram com ela. O único que realmente se importa com o ocorrido é Clay Jeansen em que a trama se desenrola a partir dos passos que ele dá em busca de respostas, justiça etc. A série bastante comentada foi polemizada porque poderia influenciar os jovens que assistissem ter pensamentos e ações suicidas. Ledo engano. O CVV ( Centro de Valorização a Vida) no Brasil registrou um aumento de 100% de pessoas procurando ajuda através de ligações, e assim vimos a mídia enfatizando a importância do assunto a ser debatido, pais que começaram a se preocuparem com seus filhos, escolas/faculdades  e igrejas colocarem em pauta o tema e etc. 
Do que assisti nada foge a realidade do que acontece no dia-a-dia de um adolescente/jovem na escola, em casa, na sociedade: bullying, depressão, abuso sexual, bebedeiras, desprezo dos pais, divórcio, drogas...
O que algumas pessoas infelizmente querem é afogar o assunto e deixar alheio.
Mas não irão conseguir pois os números e casos falam mais alto e agora com um tal jogo da "Baleia Azul", em que adolescentes e jovens participam nas redes sociais de desafios macabros e no fim (ou durante o jogo) tiram suas vidas está assustando a todos em geral. São adolescentes e jovens se cortando, andando em lugares perigosos, cumprindo desafios para mostrar até onde podem chegar. O que pensar de alguém que chega a esse ponto? O que eles têm na cabeça? Qual perfil de pessoas que fazem isso? Eles não tem noção do perigo em que se encontram?  A mídia mostra o quanto está generalizado esse jogo, não importa se é rico ou pobre, do Brasil ou exterior, idade, cor, crença... e os relatos são de se espantar a qualquer um. Pais, amigos, familiares arrasados e se perguntando até onde isso vai parar. Se parar! 

Mesmo em nosso meio cristão/religioso acontecem esse tipo de casos e infelizmente muitos associam ao fator espiritual, como se a pessoa fosse fraca na fé e outras coisas mais. Mas não é. É algo mais profundo e mais delicado do que imaginamos. A procura por ajuda profissional se torna essencial, apoio dos amigos e familiares conta bastante. É só ter uma atenção especial e amável com todos ao nosso redor. Não estou com isso desqualificando em nenhum momento o poder de Deus em nossas vidas, mas somos agentes de Deus para mudar a vida das pessoas, somos instrumentos dEle. Amar ao próximo como a si mesmo é um de seus mandamentos. A oração tem poder mas sem ação é inválida, digo sem titubear.
Atenção especial dos pais que vivem o jogo da "Baleia Cinza": são ausentes na vida dos filhos, não se importam, não cuidam, não conversam... e se perguntam onde erraram. Hoje com nosso dia-a-dia corrido é difícil definir quais são nossas prioridades e o que realmente importa para nós. 
Nossos líderes espirituais estão mais preocupados com o que mesmo? Com regras, normais, leis... ou com as pessoas de verdade, com que elas passam, vivem?
Nossos professores estão ali só e somente para ensinar conteúdos básicos para nosso conhecimento ou para formar cidadãos, caráter e outros valores?
Enfim, não é sobre "Os 13 porquês" e sobre "A Baleia Azul", é sobre amar as pessoas de verdade, se preocupar com as pessoas de verdade, orar por elas por elas de verdade, se importar com elas de verdade. 
A nossa vida tem tanto valor que Deus deu seu Filho para morrer por nós. Ele não tem prazer na morte de ninguém, nem mesmo do ímpio. O amor dEle é enorme, não cabe no Universo. Ele é a própria vida. Ele é a fonte da vida. Ele deu a própria vida por você. Então você tem um valor grandioso. 
Se tiver passando por problemas em que for aspecto da sua vida liga pra mim: (86) 9. 9946-5275 (whats), terei prazer em ser ombro, ouvido... ou procure alguém de sua confiança e desabafe. Fale com Deus, Ele é o nosso Salvador. Não fique com nenhuma angústia, não guarde nada de ruim. Você é mais que precioso para Deus e para as pessoas.

O que o mundo precisa é de amor!!


Contato: 141
http://www.cvv.org.br/